Enquadramento
A moeda
social tem adquirido cada vez mais importância no cenário internacional. Vários
países a utilizam, seja para evitar a evasão de recursos das comunidades –
fortalecendo a economia de proximidade – seja para estimular, no tecido
comunitário, o reconhecimento e a circulação de competências e saberes das
pessoas. Criadas e geridas pela própria comunidade, o mais comum é que estas
moedas complementares sejam adoptadas em pequenos circuitos de troca para o
intercâmbio de produtos, serviços e saberes. Estes circuitos são conhecidos, em
Portugal, como feiras de troca ou mercados solidários. Além de estarem nestas
feiras, as moedas sociais aparecem, também, no âmbito das finanças solidárias,
como uma forma diferente de apresentar o microcrédito, criando uma outra lógica
de circulação dos recursos dentro da comunidade. São os bancos comunitários,
geridos pela própria comunidade, na forma de associação de moradores ou outra
instância que represente o colectivo.