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Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima de Salvador

País

Brasil

Organização

Prefeitura Municipal do Salvador

Período

2020

Tipo de experiência

planeamento participativo espaço / workshop de diagnóstico...

Tópico

governação e transparência urbanismo ambiente e ação climática

ODS

ODS 1 ODS 6 ODS 7 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15

distinção

16th. Menção especial

A construção e publicação do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima de Salvador representa uma das facetas do comprometimento de Salvador frente às mudanças do clima e aos seus impactos.

Metas

A criação do Plano de Ação Climática tinha como macro objetivos promover ações e medidas de controle e redução das emissões de GEE de forma equitativa, incorporar as lentes da resiliência e da justiça climática nas iniciativas, programas e projetos implantados no município e, ainda, integrar as questões relacionadas às mudanças do clima ao desenvolvimento econômico e social do município, entre outras considerações de resiliência climática, desenvolvimento equitativo e justiça climática.

 

Participantes

Mais de 1300 participações, resultando em mais de 500 contribuições, foram efetuadas na Frente 3, de Engajamento e Participação.

De forma quantificável, as consultas com sociedade civil e setor privado compreenderam: 11 reuniões/eventos abertos de escuta e capacitação (736 participações totais); 22 sessões específicas de escuta à sociedade civil (totalizando 93 contribuições); 13 líderes comunitários entrevistados reunindo mais de 100 contribuições; 06 reuniões com setor privado (41 participações); Participação de: Fórum Clima Salvador, Imaterra, Canteiros Coletivos, Fundação Baía Viva, SOS Vale Encantado, Gambá, Engajamundo, Mobicidade, Movimento Jaguaribe Vivo, Fórum Permanente de Itapuã, Convergência do Clima, Alimente Solos, Conexão Ecológica, FIEB, SEBRAE, SENAI, ACB, Clarke Energia, Neoenergia, Mitsidi, Rango Vivo, So+Ma, Humana Brasil, Toca Ambiental, Observatório de Saneamento Básico da Bahia, Solví, Ademi, IBDI, Sinduscon, estudantes e professores (UFBA, Unifacs, IFBA), membros de partidos políticos atuantes na cidade, etc

Descrição

A construção e publicação do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima de Salvador representa uma das facetas do comprometimento de Salvador frente às mudanças do clima e aos seus impactos. Desde 2012, a cidade vem desenvolvendo e implementando planos, políticas e ações que possuem relação com a visão climática. Dentro desse contexto, o PMAMC foi fundamentado, indo ao encontro do planejamento e visão existentes em Salvador. A criação do Plano se origina da iniciativa 46 da Estratégia de Resiliência de Salvador. Por este motivo, a criação de um plano robusto de mitigação e adaptação representa um importante passo para a promoção da justiça climática e igualdade social ao garantir que o ônus das mudanças do clima não recaia de maneira mais intensa na população que já se encontra em situação de maior vulnerabilidade e que notoriamente menos contribui com o desequilíbrio climático. O plano trata da questão climática, e ao mesmo tempo, avança em questões de equidade e proteção dos direitos humanos.

A criação do Plano de Ação Climática tinha como macro objetivos promover ações e medidas de controle e redução das emissões de GEE de forma equitativa, incorporar as lentes da resiliência e da justiça climática nas iniciativas, programas e projetos implantados no município e, ainda, integrar as questões relacionadas às mudanças do clima ao desenvolvimento econômico e social do município, entre outras considerações de resiliência climática, desenvolvimento equitativo e justiça climática. Mais de 1300 participações, resultando em mais de 500 contribuições, foram efetuadas na Frente 3, de Engajamento e Participação. Para o desenho de uma estratégia adequada, foram estabelecidos os objetivos de mobilização de cada público-alvo (Técnicos de Secretarias em Salvador, Comunidade Científica, Sociedade Civil Organizada, Setor Privado, População Soteropolitana, Subprefeitos e Lideranças Comunitárias). O processo de consulta à sociedade foi focado na construção e detalhamento da estruturação das diretrizes. São as diretrizes que determinam os pilares do Plano e orientam, como o próprio nome invoca, a direção das ações e iniciativas.

No que concerne a etapa de monitoramento e avaliação, visando a garantia da transparência, acessibilidade e a mensuração dos impactos em diferentes setores, Salvador pretende estabelecer um Sistema de Gestão da Política de Mitigação e Adaptação das Mudanças do Clima, que possui conexão direta com o acompanhamento do PMAMC e mobilização dos principais atores que serão responsáveis pelo seu acompanhamento. O monitoramento do PMAMC será realizado por um Comitê definido em instrumento legal e através do acompanhamento da implementação das ações, as mesmas poderão ser redefinidas e outras criadas de acordo com os avanços obtidos nos momentos da revisão. Esse balanço deverá ser sistematizado e publicado nos meios de comunicação da Prefeitura Municipal de Salvador, de maneira a ser acessível à população soteropolitana. 

A construção do PMAMC compreendeu três frentes de trabalho: Frente 1 – Diagnóstico Local; Frente 2 – Análise de Políticas e Planos Existentes; e Frente 3 – Engajamento e Participação. Vale ressaltar que as atividades das três frentes aconteceram simultaneamente e se influenciaram para a identificação de sinergias, não seguindo, portanto, uma sequência temporal linear.

A Frente 3 consistiu na coleta de contribuições de diversos setores. Os trabalhos iniciais do PMAMC aconteceram em janeiro e fevereiro de 2020, com eventos presenciais de lançamento, engajamento técnico e obtenção de dados para o Inventário de Gases de Efeito Estufa e o Índice de Riscos Climáticos, que contaram com a participação de mais de 200 pessoas. A partir de março de 2020 a mobilização da população foi feita de forma virtual, o que viabilizou um número ainda maior de atividades ao longo do processo de construção do PMAMC. Como resultado, houve a participação de mais de mil pessoas de diversos setores da sociedade.

Em maio de 2020, iniciou-se o levantamento de informações para estabelecer diretrizes estratégicas de acordo com os eixos estruturantes. Para o desenho de uma estratégia adequada, foram estabelecidos os objetivos de mobilização de cada público-alvo (Técnicos de Secretarias em Salvador, Comunidade Científica, Sociedade Civil Organizada, Setor Privado, População Soteropolitana, Subprefeitos e Lideranças Comunitárias).

Para alavancar a participação, em 28 de maio de 2020, foi criada uma lista de transmissão no aplicativo WhatsApp para a comunicação de informações relativas ao Plano, divulgação dos eventos, compartilhamento de materiais e de formulários eletrônicos para a coleta de diversas contribuições.

O processo de consulta à sociedade foi focado na construção e detalhamento da estruturação das diretrizes. São as diretrizes que determinam os pilares do Plano e orientam, como o próprio nome invoca, a direção das ações e iniciativas.

Quanto aos resultados da publicação do Plano, ele passou a guiar novos projetos, prioridades e parcerias para a administração pública. Alguns já foram concluídos ou estão em andamento, definindo a visão para a resiliência da cidade a partir de um processo de participação popular.

 

Mais Informações:

  • Formulário de candidatura (PDF)
  • Versão Final do PMAMC de Salvador (PDF)

Comentários do júri

"Esta é uma nova experiência participativa no contexto que se propõe desenvolver, que aborda um problema relevante e inovador em nível de políticas públicas; e que requer medidas urgentes em nível global e em particular em Salvador, onde os riscos graves são evidentes, especialmente para a população mais vulnerável, e que se espera que se intensifiquem nos próximos anos.  Um aspecto a ser destacado é que o Plano leva em conta a dimensão da equidade e a proteção dos direitos humanos, razão pela qual as políticas ligadas a esta questão são concebidas de forma inclusiva."